STF revela péssima notícia para motoristas de aplicativo
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou nesta quarta-feira (24) que exista vínculo entre motoristas de aplicativo e a empresa dona da plataforma de serviços.
A decisão ocorreu após Moraes cassar a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, em Minas Gerais, que havia reconhecido anteriormente a existência de vínculo entre a empresa Cabify e um motorista.
Conforme a decisão do ministro do STF, o serviço prestado pelo profissional se assemelha mais ao do transportador autônomo. Entenda!
Decisão do STF
Para negar a existência de vínculo, Alexandre de Moraes se baseou nas condições previstas na Lei n°11.442/2007, cujo foco é o transporte autônomo. Dessa forma, o ministro do STF definiu que os motoristas têm as seguintes relações com os veículos utilizados:
- Donos;
- Arrendatários;
- Sócios.
Dessa forma, o magistrado do STF colocou que a posição entre a empresa e o motorista não é igual a de um trabalho convencional.
Todavia, vale destacar que no Tribunal Superior do Trabalho há precedentes para as duas posições, ou seja, é possível interpretar tanto que existe vínculo trabalhista quanto que não há essa ligação.
Processo da Cabify
Em suma, o caso ganhou notoriedade em abril de 2022, quando a 31ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte negou a relação de vínculo. Contudo, em junho daquele ano, a 11ª Turma do TRT-3 definiu, por maioria de votos, o reconhecimento da relação de trabalho entre o motorista e a empresa de aplicativo.
Ainda na época, a Cabify argumentou que o TRT-3 ignorou as possibilidades de “outras formas de contratações civis, diversas da relação de emprego”.
Portanto, o caso foi transferido para o STF, que, cerca de um ano mais tarde, definiu pela não existência de vínculo. Por fim, vale ressaltar também que a Cabify não tem atividades no Brasil desde 2021.
Imagem: vitordemasi / Shutterstock.com
Fonte: seucreditodigital.com.br