Governo Lula revela por que não chama o grupo Hamas de ‘terrorista’
O governo Lula emitiu um comunicado para explicar por que não rotulou o Hamas como um grupo terrorista, apesar de condenar os ataques contra Israel. A justificativa para essa decisão está fundamentada na adesão do Brasil às regras e resoluções estabelecidas pelo Conselho de Segurança da ONU.
O principal objetivo desse órgão é promover a paz global, conforme estabelecido na Carta da ONU. Para atingir esse fim, o Conselho de Segurança mantém listas de indivíduos e entidades considerados terroristas, sujeitos a sanções internacionais. Exemplos notáveis incluem o Estado Islâmico e a Al-Qaeda.
No entanto, é importante ressaltar que o Hamas não está presente em nenhuma das listas mencionadas, o que justifica a posição do governo brasileiro de não rotulá-lo como um grupo terrorista.
ONU não inclui Hamas na lista de terroristas
Como o Hamas não está listado como terrorista pela ONU, o governo brasileiro segue essa orientação, evitando classificá-lo como terrorista. No entanto, as ações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também foram objeto de debate.
Críticos da oposição questionaram o fato de que o ex-presidente Lula não tenha mencionado o Hamas em sua condenação dos ataques terroristas contra Israel. Isso sugere que o governo brasileiro segue uma abordagem prudente e em conformidade com as normas internacionais.
Entretanto, um grupo composto por 61 deputados da oposição apresentou uma indicação para pressionar o Itamaraty a classificar o Hamas como um grupo terrorista. No entanto, a votação para esta medida ainda está pendente.
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Como outros países se posicionam?
Lula abordou o Hamas pela primeira vez ao falar sobre a situação das crianças sequestradas pelo grupo e pediu a Israel que permitisse a evacuação das mulheres e crianças palestinas da Faixa de Gaza.
Enquanto alguns países, como os Estados Unidos, Austrália, Canadá, Japão e membros da União Europeia, já classificam o Hamas como organização terrorista. Outros, como por exemplo, China, Rússia, Noruega e Suíça, Rússia e China, não o fazem.
Portanto, esses países, assim como o Brasil, invocam o princípio da neutralidade e mantêm contatos com o grupo, frequentemente atuando como mediadores em conflitos.
Imagem: Marcelo Chello / shutterstock.com
Fonte: seucreditodigital.com.br